domingo, 14 de novembro de 2010

Tem horas que eu não sei mais diferenciar onde acaba o medo e começa o desespero. Onde acaba o pânico e começa a angústia. Ou talvez, como no ponto em que o rio encontra o mar, eles se misturem e por instantes sejam um só. O estranho é que a nascente é sempre feita de alegria, e em algum ponto desconhecido se transforma. Ah, se eu soubesse onde fica o ponto… O buraco talvez não fosse tão fundo e nem a subida tão difícil. Mas aceitar faz parte e depois de tanto tempo, a dor e o medo já corroeram minha pele e cicatrizaram por dentro, de um modo que fazem parte de mim e talvez eu já não queira mais me livrar.

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