domingo, 8 de novembro de 2009

Todo dia ao acordar era a sua imagem na minha cabeça que me fazia levantar e o pouco que me arrumava era pra você. Todo dia você estava lá e eu sentia que meus esforços matinais compensavam. Nossos olhares valiam a pena. Mas aquele dia você não estava lá. Quarenta e cinco impacientes minutos se passaram, não sem muitos olhares para a porta até concluir que aquela manhã meus esforços haviam sido em vão.
Quando saí, chovia. Era o mundo expondo meus sentimentos, conhecidos por ninguém além de mim.

sábado, 7 de novembro de 2009

Aquela noite acordei suando, chorando. No sonho, havia te perdido e tudo o que restava eram lembranças e caixas de foto. Talvez fosse de Tim Maia a voz da música ao fundo, mas meus soluços conseguiram a abafar a ponto de torna-la quase irreconhecivel. A morte estava em sonho, mas o que você havia feito aquela semana? Ou semana passada? Já tinha parado de tomar seus pesados remédios? Inúmeras perguntas sobre a sua vida no último ano passavam pela minha mente, porém não conseguia achar as respostas.
Mas a resposta sobre não saber as respostas... ah, essa eu tinha! Se chamava distância. E o motivo da distância? Essa levaria mais de uma vida pra responder.