sexta-feira, 9 de julho de 2010

Deixa arranhar a garganta todo aquele resto de palavra não dita. Deixa infernizar a mente todo aquele resto de gesto não feito. Cada minuto que passa no relógio parecem horas. Deixa consumir os nervos todo aquele resto de súplica reprimida. Deixa contrair os músculos todo aquele resto de tensão que ainda sobra. Cada minuto que passa no relógio parecem horas. Deixa sufocar o pensamento com todo aquele resto de imagem ainda não esquecida. Deixa libertar a alma com todo aquele resto de culpa que acaba de ir embora. Cada minuto que passa no relógio parecem horas. Deixa fugir todo aquele resto de pessoa que ainda resta. Deixa ficar todo o resto de poesia. Cada minuto que passa no relógio não mais se parecem horas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quando tudo que preciso é de companhia e tudo o que quero é ficar sozinha. Eu poderia começar uma guerra agora se achasse um bom motivo para ir à luta. Mas os ventos estão soprando contra e levando todos os vestigios embora.